15 maio, 2007
Apanho os sapatos e saio sorrateiramente do quarto enquanto ele ainda dorme. Atravesso o corredor do hotel em passinhos leves, temendo que no meu rosto se perceba o que me vai na cabeça. Não me despedi dele, mas podia ter-lhe dito: "Depois ligo-te" - e desaparecer para sempre...
Entro no carro, sorrio ao espelho, e no seu reflexo descubro uma marca no pescoço, que antes não estava lá... foi do prazer... do sexo sem limites nem demasiada racionalidade, até porque os copos são bons conselheiros... os copos e os corpos fundem-se mais facilmente, e ele foi incansável... e eu a nada me furtei...
Talvez a esta hora ele ainda sonhe... ou talvez se esconda no seu blazer...
E agora? O que quero eu?
O telemóvel dá sinal de vida, é ele.
"Preciso de te ver. Descobri que estou apaixonado por ti"
Ai que medo, penso!!! Agora é que o jogo vai começar...
Respondo-lhe com uma proposta para jantar. O jantar fica marcado... o meu pescoço também continua marcado... e eu ainda tenho umas trinta e sete vezes para lhe dizer: "Depois ligo-te" - até a dívida ficar saldada...
Ele apareceu no jantar com o perfume que em tempos me fazia seguir-lhe o rasto. Bebi de golada um Martini Rosso, e ele que antes tinha dificuldades em me ouvir falar, estava agora disposto a dar atenção às minhas palavras.
Ó céus!!! Tanto tempo andei atrás dele, e não é que agora ele vai directo ao assunto: "Estou apaixonado por ti" - Tarde demais, pensei... mas não disse. Fui sorrindo delicadamente, e então confessei: "Sabes, estou numa fase em que só tenho olhos para o trabalho, e sobra-me pouco tempo para namorar".
Ah, ah, ah! Como se alguma vez eu não desse um pontapé no trabalho para ir a correr em busca do amor... ou de uma noite bem passada.
Ele também bebeu sem pestanejar, e dando folga ao nó da gravata (sinal de que o vinho já o encorajava), disse: "Estou disposto a esperar por ti".
Num momento tão solene como este, que era tudo aquilo que eu sonhava há uns tempos atrás, o meu telemóvel tocou com uma sms... ele impaciente perguntou: "Está tudo bem?" - e eu respondi-lhe: "Surgiu um problema, nada de grave, mas tenho que ir, depois ligo-te".
Ai que bem que isto me está a saber...
Entro no carro, sorrio ao espelho, e no seu reflexo descubro uma marca no pescoço, que antes não estava lá... foi do prazer... do sexo sem limites nem demasiada racionalidade, até porque os copos são bons conselheiros... os copos e os corpos fundem-se mais facilmente, e ele foi incansável... e eu a nada me furtei...
Talvez a esta hora ele ainda sonhe... ou talvez se esconda no seu blazer...
E agora? O que quero eu?
O telemóvel dá sinal de vida, é ele.
"Preciso de te ver. Descobri que estou apaixonado por ti"
Ai que medo, penso!!! Agora é que o jogo vai começar...
Respondo-lhe com uma proposta para jantar. O jantar fica marcado... o meu pescoço também continua marcado... e eu ainda tenho umas trinta e sete vezes para lhe dizer: "Depois ligo-te" - até a dívida ficar saldada...
Ele apareceu no jantar com o perfume que em tempos me fazia seguir-lhe o rasto. Bebi de golada um Martini Rosso, e ele que antes tinha dificuldades em me ouvir falar, estava agora disposto a dar atenção às minhas palavras.
Ó céus!!! Tanto tempo andei atrás dele, e não é que agora ele vai directo ao assunto: "Estou apaixonado por ti" - Tarde demais, pensei... mas não disse. Fui sorrindo delicadamente, e então confessei: "Sabes, estou numa fase em que só tenho olhos para o trabalho, e sobra-me pouco tempo para namorar".
Ah, ah, ah! Como se alguma vez eu não desse um pontapé no trabalho para ir a correr em busca do amor... ou de uma noite bem passada.
Ele também bebeu sem pestanejar, e dando folga ao nó da gravata (sinal de que o vinho já o encorajava), disse: "Estou disposto a esperar por ti".
Num momento tão solene como este, que era tudo aquilo que eu sonhava há uns tempos atrás, o meu telemóvel tocou com uma sms... ele impaciente perguntou: "Está tudo bem?" - e eu respondi-lhe: "Surgiu um problema, nada de grave, mas tenho que ir, depois ligo-te".
Ai que bem que isto me está a saber...
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