29 maio, 2006
Gosto de observar os homens casados. Gosto de os ouvir bater com a aliança na mesa enquanto me ouvem... enquanto os ouço.
Gosto de homens que não são casados comigo, e a quem nunca terei que dizer - "Ou ela, ou eu!".
Gosto também de lhes tirar a aliança com a boca... isto é na parte em que já não estamos a conversar à mesa...
Muita gente que conheço ainda se indigna com a hipótese de um homem casado se apaixonar. Como se o casamento os tivesse que castrar. Como se os filhos lhes roubassem o direito à paixão. Eu, sou de um tempo que ainda está para vir, porque vivo sem condenação, nem penitência.
Se digo que alguém casado é bonito, ouço logo - "Olha que ele é casado".
E eu respondo - "E depois? Não tem direito de ser feliz?".
Nunca vi na cobiça alheia um afrodisíaco. O que for das outras, será delas enquanto lhes for possível. Já sobrevivi à partilha de intimidade roubada, e dói, evidentemente, mas há pessoas neste mundo para nos mostrar o fracasso da nossa relação.
Se o meu "homem" passou a ser o "homem" da minha amiga, é porque alguma coisa não estava bem, não me interessa verdadeiramente saber quem assediou quem, porque é sinal de que os dois precisavam um do outro.
Eu conheci-o no trabalho, e ele até era um rapaz simpático e atento... e nós sabemos que a atenção está para o amor como a curiosidade para a inteligência, mas nunca a desenvolvemos...
Reencontrámo-nos anos depois, ele casado... eu sozinha. Ele quase feliz com a vida que tinha... eu quase feliz com a independência que era só minha.
Um dia, à mesa, com o brilho do "ouro" no dedo quase a cegar-me, perguntou-me se eu tinha alguém. Eu disse que não, e corei... sabe-se lá porquê!!!
Ele não sabia com quantas pessoas eu "durmo"... e eu não sabia quantas vezes ele tinha sexo. Mas sei que gosta... e eu também gosto...
Aos trinta anos, descobri esta forma invulgar de amor... sem posse, nem desconfiança. Sem hipóteses de nos trairmos, porque já vivemos na traição.
- "E o sexo?" - alguém me perguntou.
O sexo é bom cada vez que é nosso. É suave, quando em nós há uma vulnerabilidade acumulada (há quem lhe chame saudade), e ficamos neste espaço apertado, que é o meu sofá, a mexermo-nos tão devagarinho, comandados pelo calor, e pelo ardor do encontro. Depois adormecemos meia hora, e logo a seguir, ele vai embora.
Se eu sou feliz assim, e ele também, quem nos pode condenar?
Gosto de homens que não são casados comigo, e a quem nunca terei que dizer - "Ou ela, ou eu!".
Gosto também de lhes tirar a aliança com a boca... isto é na parte em que já não estamos a conversar à mesa...
Muita gente que conheço ainda se indigna com a hipótese de um homem casado se apaixonar. Como se o casamento os tivesse que castrar. Como se os filhos lhes roubassem o direito à paixão. Eu, sou de um tempo que ainda está para vir, porque vivo sem condenação, nem penitência.
Se digo que alguém casado é bonito, ouço logo - "Olha que ele é casado".
E eu respondo - "E depois? Não tem direito de ser feliz?".
Nunca vi na cobiça alheia um afrodisíaco. O que for das outras, será delas enquanto lhes for possível. Já sobrevivi à partilha de intimidade roubada, e dói, evidentemente, mas há pessoas neste mundo para nos mostrar o fracasso da nossa relação.
Se o meu "homem" passou a ser o "homem" da minha amiga, é porque alguma coisa não estava bem, não me interessa verdadeiramente saber quem assediou quem, porque é sinal de que os dois precisavam um do outro.
Eu conheci-o no trabalho, e ele até era um rapaz simpático e atento... e nós sabemos que a atenção está para o amor como a curiosidade para a inteligência, mas nunca a desenvolvemos...
Reencontrámo-nos anos depois, ele casado... eu sozinha. Ele quase feliz com a vida que tinha... eu quase feliz com a independência que era só minha.
Um dia, à mesa, com o brilho do "ouro" no dedo quase a cegar-me, perguntou-me se eu tinha alguém. Eu disse que não, e corei... sabe-se lá porquê!!!
Ele não sabia com quantas pessoas eu "durmo"... e eu não sabia quantas vezes ele tinha sexo. Mas sei que gosta... e eu também gosto...
Aos trinta anos, descobri esta forma invulgar de amor... sem posse, nem desconfiança. Sem hipóteses de nos trairmos, porque já vivemos na traição.
- "E o sexo?" - alguém me perguntou.
O sexo é bom cada vez que é nosso. É suave, quando em nós há uma vulnerabilidade acumulada (há quem lhe chame saudade), e ficamos neste espaço apertado, que é o meu sofá, a mexermo-nos tão devagarinho, comandados pelo calor, e pelo ardor do encontro. Depois adormecemos meia hora, e logo a seguir, ele vai embora.
Se eu sou feliz assim, e ele também, quem nos pode condenar?
1 Segredaram:
A felicidade acima de tudo... a hipocrisia da nossa sociedade abaixo do nada!
A paixão, o amor, não escolhe sexo, idade, raça e muito menos estado civil... por isso sejamos felizes...
Beijo, com essência de felicidade!
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