21 junho, 2009

Li um destes dias que a masturbação pode evitar o cancro da próstata, e que ejacular pelo menos cinco vezes por semana faz muito bem à saúde. Por isso vamos lá todos a tirar a mãozinha do bolso.

Lembro-me de me ter começado a masturbar quando estava no auge de uma paixão. Podem achar estranho, mas desde essa altura que eu vejo a masturbação, não como sinal de insatisfação, mas antes como um complemento, ou prolongamento de uma relação. É verdade que a masturbação continua pela maioria das pessoas a ser considerada uma perversão, porque ninguém acha normal que se possa "perder" tempo com a mãozinha, o chuveiro, ou a almofada.

Eu considero a masturbação tão saudável como o sexo, porque penso nela como uma espécie de estágio para o grande desafio que é o prazer a dois. Confesso que este assunto não me tem saído da cabeça só por causa da notícia do cancro da próstata. É que me tenho apercebido que há por aí muitas mulheres que nunca tiveram um orgasmo... Algumas já mo confessaram, outras desconfio. As mulheres que nunca tiveram prazer sozinhas, dificilmente o terão acompanhadas, porque o prazer depende e muito da libertação da mente.

A questão é que nenhum homem pode mentir no momento do orgasmo, porque nenhum homem satisfeito fica seco. As mulheres é que podem levar uma seca na cama, lugar onde deveriam também sentir os benefícios da humidade... mas a maioria das vezes mentem antes de lá chegar. Uma mulher que nunca sentiu um orgasmo deveria perder mais tempo com ela. Seja em casa ou no local de trabalho. Porque não quando se sente um calorzinho dar-lhe continuidade? Afinal o prazer será sempre o que dele quisermos fazer...

Eu sempre me aqueci como me apeteceu. Nunca fui menina de almofadas ou chuveiro, dois dos recursos mais procurados pelas minhas amigas. Gosto das minhas mãozinhas, e também não dispenso um filmezinho rasca de vez em quando gravado numa cassete antiga a dizer ARTE. Gosto de me masturbar, e gosto de sexo com outra pessoa, porque para mim uma coisa não invalida a a outra... bem pelo contrário... só nos torna mais válidas, e capazes em ambas as modalidades.

07 junho, 2009

“O meu amor é tão forte, que o devias sentir. Tinhas a obrigação…”
“Quem te disse que não sinto?”
“Pois, mas se sentes e nada fazes…”
“Tenho medo!”
“Medo?!? Medo do quê???”
“Medo.”
“É normal, mas a vida é mesmo assim, e é preciso vivê-la, não?!?...”
“Pois. Mas não sei que fazer.”
“Achas que estás melhor assim, que estamos melhores assim?”
“Não sei. Já não sei muito…”