23 abril, 2008
Não sou amarga, por mais que me contrariem o coração. Sou apreciadora de homens com sensibilidade, e com bom senso, embora normalmente o bom senso seja muito relativo...
Desde muito nova que me apaixono com facilidade, por isso decidi trocar o termo "paixão" por "fascínio", porque me fascino com tudo o que as pessoas têm para me mostrar, e com tudo o que lhes posso conquistar. Gosto desta luta, que por vezes se assemelha à improbabilidade de encontrar uma casa de banho limpa num festival de Verão.
Uma desta noites sentados na mesa de um bar, e com a vista mais bonita com que poderia sonhar como pano de fundo, ele por quem me sentia apaixonada, disse-me:
"É estranho, mas eu nunca me senti tão à vontade a falar com ninguém como contigo"
E eu perguntei: "E isso é bom, ou mau?"
Ele respondeu-me: "É assustador"
Depois dele me dizer isto a música do bar parou, e os empregados limparam os últimos copos. Então eu quase a cambalear levantei-me, fui até ao balcão, e ajudada por tudo o que tinha bebido e ouvido, dirigi-me ao barman e disse-lhe:
"Eu percebo que queiram todos ir para casa descansar, mas não parem a música, para não me pararem este momento"
Voltei à mesa dos copos vazios, de todas as palavras que ele ainda não me tinha dito, e de todas as confissões, e voltamos a ouvir a banda sonora da noite, que por acaso era péssima devo dizer, mas o que quer que fosse teria soado bem naquela noite.
Saímos do bar directos para o carro, de mão dada, e unidos pela paixão. Ele deixou-me em casa e fui dormir. Nunca mais estive com ele...!!!
Vejo-o muitas vezes, ele sorri-me a medo, e eu procuro nem olhar para ele. Quando estou acompanhada, ele arrisca em vir dar-me um beijo, porque sabe que assim não corre o perigo de eu o questionar. Vem com o seu ar "politicamente correcto" e pergunta-me: "Estás boa?". Depois afasta-se confiante, e com a sensação de ter cumprido o seu papel.
Deve pensar que eu acho que ele até é um gajo porreiro... e até acho, só que para mim um gajo porreiro é uma coisinha insuficiente, porque na minha avaliação, seja de uma queca, ou de um amor, a positiva só começa a partir da coragem.
Não percebo como ele pode ter sido tão cobarde, e há de certeza quem ache que eu deveria vingar-me dele, enxovalhá-lo, ou desprezá-lo num momento "politicamente correcto", mas eu nunca lhe faria uma coisa dessas, porque a vingança é uma motivação muito perigosa, por isso prefiro sorrir, sabendo que um dia ele vai lembrar-se de mim quando precisar de coragem.
A coragem só podia ser mesmo uma palavra feminina...
Desde muito nova que me apaixono com facilidade, por isso decidi trocar o termo "paixão" por "fascínio", porque me fascino com tudo o que as pessoas têm para me mostrar, e com tudo o que lhes posso conquistar. Gosto desta luta, que por vezes se assemelha à improbabilidade de encontrar uma casa de banho limpa num festival de Verão.
Uma desta noites sentados na mesa de um bar, e com a vista mais bonita com que poderia sonhar como pano de fundo, ele por quem me sentia apaixonada, disse-me:
"É estranho, mas eu nunca me senti tão à vontade a falar com ninguém como contigo"
E eu perguntei: "E isso é bom, ou mau?"
Ele respondeu-me: "É assustador"
Depois dele me dizer isto a música do bar parou, e os empregados limparam os últimos copos. Então eu quase a cambalear levantei-me, fui até ao balcão, e ajudada por tudo o que tinha bebido e ouvido, dirigi-me ao barman e disse-lhe:
"Eu percebo que queiram todos ir para casa descansar, mas não parem a música, para não me pararem este momento"
Voltei à mesa dos copos vazios, de todas as palavras que ele ainda não me tinha dito, e de todas as confissões, e voltamos a ouvir a banda sonora da noite, que por acaso era péssima devo dizer, mas o que quer que fosse teria soado bem naquela noite.
Saímos do bar directos para o carro, de mão dada, e unidos pela paixão. Ele deixou-me em casa e fui dormir. Nunca mais estive com ele...!!!
Vejo-o muitas vezes, ele sorri-me a medo, e eu procuro nem olhar para ele. Quando estou acompanhada, ele arrisca em vir dar-me um beijo, porque sabe que assim não corre o perigo de eu o questionar. Vem com o seu ar "politicamente correcto" e pergunta-me: "Estás boa?". Depois afasta-se confiante, e com a sensação de ter cumprido o seu papel.
Deve pensar que eu acho que ele até é um gajo porreiro... e até acho, só que para mim um gajo porreiro é uma coisinha insuficiente, porque na minha avaliação, seja de uma queca, ou de um amor, a positiva só começa a partir da coragem.
Não percebo como ele pode ter sido tão cobarde, e há de certeza quem ache que eu deveria vingar-me dele, enxovalhá-lo, ou desprezá-lo num momento "politicamente correcto", mas eu nunca lhe faria uma coisa dessas, porque a vingança é uma motivação muito perigosa, por isso prefiro sorrir, sabendo que um dia ele vai lembrar-se de mim quando precisar de coragem.
A coragem só podia ser mesmo uma palavra feminina...