16 janeiro, 2007
A idade não me pesa nadinha. Depois dos trinta tudo nos deve ser permitido, mas na verdade antes também já era, porque o "tudo" foi sempre pouco para mim.
Dez da manhã, entro para uma reunião, sobre assuntos que não me dizem muito respeito, mas sinceramente, gosto que me peçam a opinião, até porque tenho sempre algo a dizer. Tenho aprendido que todos devem ser ouvidos, é por isso que dou hipóteses a todos.
Na reunião está apenas um homem, que é olhado por todas nós com admiração. Sim... ele é um homem bonito... tem aquela beleza simples em que apetece tocar, e quem sabe... até acordar.
A reunião termina como sempre sem nenhuma decisão tomada. Saio para a rua, e apercebo-me que já é hora de almoço, quando ao ouvido me sussurram:
- "Podemos almoçar juntos?" - É ele, e está com um olhar maroto que nunca lhe tinha visto antes...
Embasbacada, respondo-lhe:
- "Claro que sim..." - sem perceber onde ele quer ir
- "Sempre me apeteceu convidar-te para almoçar, mas nem sei bem porquê, nunca tive coragem" - disse ele
- "Então... olha... nunca tinha calhado antes" - digo-lhe eu estupidamente, e caindo no ridículo de um lugar-comum
- "E que tal se em vez de almoço, fosse um jantar hoje?" - desafia ele
- "Porque não? Jantámos quando tu quiseres" - respondo-lhe eu enquanto sorrio
A ansiedade que varreu o resto do meu dia deixou-me sem apetite para o jantar... no estômago... só nervos...
Ele falou o tempo todo, e deu-se a conhecer como imagino ninguém o conheceria, e no fim do jantar, foi directo ao assunto:
- "Gostava de passar esta noite contigo"
Só então percebi que o hotel onde jantámos não tinha sido escolhido ao acaso.
Bebi o copo cheio de uma vez...
Quem diria que ele por todas admirado, e elogiado, se revelaria esta força da natureza, que não me deixou dormir, e que mal me deixa sentar...
Dez da manhã, entro para uma reunião, sobre assuntos que não me dizem muito respeito, mas sinceramente, gosto que me peçam a opinião, até porque tenho sempre algo a dizer. Tenho aprendido que todos devem ser ouvidos, é por isso que dou hipóteses a todos.
Na reunião está apenas um homem, que é olhado por todas nós com admiração. Sim... ele é um homem bonito... tem aquela beleza simples em que apetece tocar, e quem sabe... até acordar.
A reunião termina como sempre sem nenhuma decisão tomada. Saio para a rua, e apercebo-me que já é hora de almoço, quando ao ouvido me sussurram:
- "Podemos almoçar juntos?" - É ele, e está com um olhar maroto que nunca lhe tinha visto antes...
Embasbacada, respondo-lhe:
- "Claro que sim..." - sem perceber onde ele quer ir
- "Sempre me apeteceu convidar-te para almoçar, mas nem sei bem porquê, nunca tive coragem" - disse ele
- "Então... olha... nunca tinha calhado antes" - digo-lhe eu estupidamente, e caindo no ridículo de um lugar-comum
- "E que tal se em vez de almoço, fosse um jantar hoje?" - desafia ele
- "Porque não? Jantámos quando tu quiseres" - respondo-lhe eu enquanto sorrio
A ansiedade que varreu o resto do meu dia deixou-me sem apetite para o jantar... no estômago... só nervos...
Ele falou o tempo todo, e deu-se a conhecer como imagino ninguém o conheceria, e no fim do jantar, foi directo ao assunto:
- "Gostava de passar esta noite contigo"
Só então percebi que o hotel onde jantámos não tinha sido escolhido ao acaso.
Bebi o copo cheio de uma vez...
Quem diria que ele por todas admirado, e elogiado, se revelaria esta força da natureza, que não me deixou dormir, e que mal me deixa sentar...