14 novembro, 2006
Sinto-me bem na minha pele, gosto do meu corpo, de me entregar sem medo, e não receio as minhas imperfeições.
Quem se esconder do seu corpo nunca irá viver uma verdadeira paixão (é que o tempo das cartas já lá vai). Ter umas ancas largas, ou um rabo grande, é melhor do que caber num trinta e seis sem curvas.
Por vezes faço um zapping às mulheres que conheço, e imagino as que serão generosas na cama. Faço o mesmo também aos homens, e verifico que os mais preocupados com o seu próprio corpo, estão menos disponíveis para nos dar prazer. Gostam menos de beijar, e raras vezes fazem sexo oral. Reduzem-se à insignificância da penetração, que os torna másculos em cinco minutos.
Já pensaram que tanto ginásio vos faz perder a libido?
O mesmo se passa com as mulheres. A que se preocupam demasiado com a comida, e com o "pneu" (que não estava lá antes do jantar), ou fingem muito na cama, ou simplesmente nem se chegam a dar.
Sempre ouvi dizer que "quem não é para comer, não é para trabalhar". Perdoem-me, mas eu acho que "quem não é para comer, não é para foder". A mulher finge tão perfeitamente que às vezes chega a fingir que é prazer, o prazer que não sente. E como eu odeio fingimentos...
Há uns tempos atrás, vivi uma paixão arrebatadora, e foi precisamente nessa altura da minha vida, em que o tecido entrou em litígio com o meu corpo... o tecido queria ter pano para mangas, mas o meu corpo não deixava. Eu estava mais gorda, e não havia nada a fazer... quer dizer, haver, havia, mas o cansaço do trabalho pedia compensações extra, e eu fazia todas as vontades ao meu apetite. A pessoa por quem me apaixonei incluída...
A coisa era tão carnal (uma vegetariana diria a mesma coisa?), que cada vez que ele me punha as mãos nas nádegas, e me erguia nua à frente dele, eu sentia-me uma pluma. Às vezes dizia-lhe:
"Estou gorda"
E ele respondia:
"Tu és uma mulher"
E na verdade eu sentia-me uma mulher de corpo inteiro. Entretanto terminamos a nossa relação, e eu continuei a sentir-me bem na minha pele. Emagreci, engordei, fui mais e menos bonita, vesti-me umas vezes melhor do que outras, mas cá dentro... dentro do que cabe no soutien, nas calcinhas, e do que sobra nas mangas, aprendi a sentir-me bem... bem mesmo.
Eu se fosse outra pessoa, adorava possuir este meu corpo de pêra, que não é fruto proibido. Assim resta-me ser possuída...
Bendito este meu corpo que se rendeu sem resistências ao prazer...
Quem se esconder do seu corpo nunca irá viver uma verdadeira paixão (é que o tempo das cartas já lá vai). Ter umas ancas largas, ou um rabo grande, é melhor do que caber num trinta e seis sem curvas.
Por vezes faço um zapping às mulheres que conheço, e imagino as que serão generosas na cama. Faço o mesmo também aos homens, e verifico que os mais preocupados com o seu próprio corpo, estão menos disponíveis para nos dar prazer. Gostam menos de beijar, e raras vezes fazem sexo oral. Reduzem-se à insignificância da penetração, que os torna másculos em cinco minutos.
Já pensaram que tanto ginásio vos faz perder a libido?
O mesmo se passa com as mulheres. A que se preocupam demasiado com a comida, e com o "pneu" (que não estava lá antes do jantar), ou fingem muito na cama, ou simplesmente nem se chegam a dar.
Sempre ouvi dizer que "quem não é para comer, não é para trabalhar". Perdoem-me, mas eu acho que "quem não é para comer, não é para foder". A mulher finge tão perfeitamente que às vezes chega a fingir que é prazer, o prazer que não sente. E como eu odeio fingimentos...
Há uns tempos atrás, vivi uma paixão arrebatadora, e foi precisamente nessa altura da minha vida, em que o tecido entrou em litígio com o meu corpo... o tecido queria ter pano para mangas, mas o meu corpo não deixava. Eu estava mais gorda, e não havia nada a fazer... quer dizer, haver, havia, mas o cansaço do trabalho pedia compensações extra, e eu fazia todas as vontades ao meu apetite. A pessoa por quem me apaixonei incluída...
A coisa era tão carnal (uma vegetariana diria a mesma coisa?), que cada vez que ele me punha as mãos nas nádegas, e me erguia nua à frente dele, eu sentia-me uma pluma. Às vezes dizia-lhe:
"Estou gorda"
E ele respondia:
"Tu és uma mulher"
E na verdade eu sentia-me uma mulher de corpo inteiro. Entretanto terminamos a nossa relação, e eu continuei a sentir-me bem na minha pele. Emagreci, engordei, fui mais e menos bonita, vesti-me umas vezes melhor do que outras, mas cá dentro... dentro do que cabe no soutien, nas calcinhas, e do que sobra nas mangas, aprendi a sentir-me bem... bem mesmo.
Eu se fosse outra pessoa, adorava possuir este meu corpo de pêra, que não é fruto proibido. Assim resta-me ser possuída...
Bendito este meu corpo que se rendeu sem resistências ao prazer...
02 novembro, 2006
Tenho a impressão de estar feliz. Já não é mau...
Tenho tido uma vida de merda, mas a culpa tem sido minha. O mais que posso dizer é que ao menos tem sido interessante.
Tem graça!!!
Não me lembro de alguma vez ter estado feliz... antes... nem em criança...
Senão lembrava-me de certeza.
Porque é muito bom.
Deve ser...
Mas afinal quem sou eu para estar feliz?
Não tenho razões para estar feliz... mas estou... feliz é aquilo que neste momento mais estou...
Mais pelo menos do que em qualquer momento de que me lembre, ocorrido durante a minha vida despreocupada e interessante.
Nunca encontro respostas para os enigmas mais importantes da minha vida... apenas encontro soluções de recurso.
Porque será?
Tenho tido uma vida de merda, mas a culpa tem sido minha. O mais que posso dizer é que ao menos tem sido interessante.
Tem graça!!!
Não me lembro de alguma vez ter estado feliz... antes... nem em criança...
Senão lembrava-me de certeza.
Porque é muito bom.
Deve ser...
Mas afinal quem sou eu para estar feliz?
Não tenho razões para estar feliz... mas estou... feliz é aquilo que neste momento mais estou...
Mais pelo menos do que em qualquer momento de que me lembre, ocorrido durante a minha vida despreocupada e interessante.
Nunca encontro respostas para os enigmas mais importantes da minha vida... apenas encontro soluções de recurso.
Porque será?