22 março, 2009

Diz-me porque é que me queres dar a chave do teu quarto, se não queres que eu entre e te ame, mas apenas queres que eu te tenha mais uma vez... e por um momento?

Ligas-me toda romântica a dizer que estás triste por partires amanhã de manhã bem cedo!!! Dizes-me que às vezes sentes a minha falta quando estás nos teus momentos de solidão!!! Perguntas-me se eu não me sinto só também!!!

Respondo-te com toda a delicadeza... Não podemos continuar tão apegados, por isso vamos procurar viver vidas separadas. Consegui resistir, e deixar-te partir... Perdi o amor que sentia por ti, o mesmo amor que tu nunca demonstras-te teres sentido por mim.

Não há forma de nos reconciliarmos. Assim tu podes reconstruir aquela parede que te faz sentir sempre mais forte e distante. Tu não tens o direito de me perguntar como é que eu me sinto. Talvez um dia eu te possa encontrar, e olhar-te nos olhos, mas por agora vamos continuar a viver vidas separadas.
É tão fácil o amor levar à solidão...

06 março, 2009

Desconfio que há pessoas que não gozam aquilo que uma relação lhes pode proporcionar. Eu sou da opinião que num relacionamento não pode haver limites, mas mesmo assim eu tenho os meus, porque todos temos os nossos. O pior é quando esses limites não coincidem... Há por aí muita gente que tem limites muito estranhos!!!

Há aquelas que não gritam na cama, nem têm a capacidade de explorar aquilo que o sexo lhes pode dar, porque desde muito cedo constroem um relacionamento, depois perdem a virgindade com essa mesma pessoa, e logo de seguida começam a planear o casamento. Depois do casamento começam a pensar muito em ser mães... e depois o sexo deixa de ser frequente... Tenho muitas amigas que fizeram este trajecto de vida, até um dia... até ao dia em que...

Percebem que a vida é um carrossel, que pode e merece ser vivida, e que de desejadas a desejosas vai um pequeno passo. Isto acontece quando se interessam por alguém, começam a ficar outra vez mais magras e bonitas, coisa que os maridos inicialmente nem reparam. Compram roupas novas com maior frequência, começam a frequentar o ginásio, e deixam de falar na vontade de ter filhos.

Depois aconselham os maridos a sair com os amigos, dizendo que ficam bem por ali a verem um filme e a adormecerem no sofá. Eles ficam todos contentes, começam a achá-las mais bonitas, e a saírem todos confiantes, porque quando regressarem a casa depois da noitada com os amigos, e um pouco bebidos, ainda vão ter sexo... sempre muito igual... vinte minutinhos... no máximo... nem uma palavra durante... um sorriso no fim... e toca a virar as costas que o soninho está aí.

Elas por sua vez depois de eles saírem para a tal noitada com os amigos, suspiram de alívio, sentam-se no sofá, mas em vez de verem o tal filme e depois adormecerem, começam a trocar sms's com outro, que por acaso acham muito interessante e começam a pedir umas palavras bonitas... daquelas palavras que levam ao sexo, que tiram o sono, e a fome.

Como já "dormiram" algumas vezes com eles, tornam-se mais exigentes, e começam a achar que eles estão menos generosos que o costume, que as sms's começam a chegar a conta-gotas, e começam a sentir-se angustiadas. Nos intervalos longos entre as mensagens, começam a lembrar-se dos fins de tarde em que "dormiram" com eles, e em que voltaram a descobrir o prazer do sexo oral, e de se voltarem a excitar com apenas alguns beijos.

Eles que andavam loucos por elas começam a fartar-se, porque começam a achar que antes de terem "dormido" com elas, elas eram menos ansiosas, e agora estas mensagens em catadupa já chateiam, e o que não faltam por aí são umas quantas também belas e simpáticas, e se calhar descomprometidas...

Assim entre um "dormida" e outra, elas rapidamente passam de desejadas a desejosas. E assim acabam por adormecer a pensar no fim precoce que essas "dormidas" tiverem, e acabam também por perceber que se pode viver um outro tipo de vida, e que se pode repetir o fracasso das "dormidas" até estas serem um sucesso.

Passado umas horas eles - os maridos - regressam a casa das noitadas com os amigos, sentem-se felizes, e voltam a desejar a mulher que ali têm ao lado a dormir.

É bonito o amor... Parece um carrossel...