20 setembro, 2006

K-Y

Foi em Dezembro que o conheci... não tarda fará um ano. As suas características são muito conhecidas. É estéril, não oleoso, transparente, não irritante, e de extrema importância. Como apareceu na minha vida, assim ficou, quase imaculado. A embalagem não é o seu forte, até é discreta, e a sua apresentação é quase confrangedora. Pesa apenas oitenta e dois gramas, e não é um contraceptivo.
Falo-vos do K-Y... é este o nome de código para este gel lubrificante de combate à dor. É importante que se saiba que o K-Y não anda na boca de toda a gente. Nem pensar! Seria um erro! Nem nunca ninguém ousou dizer à boca cheia: "Eu amo o K-Y", ou "Eu dava a minha vida pelo K-Y", nada disso, o K-Y é um nome que se diz como se fosse uma senha, porque ele é capaz de uma revolução. Nas farmácias, já todos estão treinados para o ler nos lábios dos clientes. Perante o K-Y, qualquer caixa de preservativos pedida na farmácia é como pedir um Vic Vaporub... inofensivo.
Eu ainda usei pouco o K-Y... não tem calhado. Guardo-o para ocasiões especiais. Chamem-me conservadora, mas comigo ninguém merece conhecer o K-Y nas duas ou três primeiras noites... depois logo se vê... o momento pode pedir... ou não.
Durante muitos anos, a minha vida sexual não passou por aí... não sei bem porquê. Não deve ser uma questão de maturidade, pois não? Os homens, é seguro, pensam muito mais nisso, e algumas mulheres dizem: "Nem penses nisso!". Sinceramente nunca ninguém me propôs nada que eu não quisesse.
Agora lembrei-me da noite em que decidimos experimentar o que nunca tínhamos feito antes... passe o tempo que passar, nós vamo-nos sempre lembrar e repetir aquela primeira vez...
Mesmo sem o K-Y...

12 setembro, 2006

Quanto mais longe...

Quanto mais longe mais perto me sinto de ti, como se os teus passos estivessem aqui ao pé de mim, e eu pudesse seguir-te, falar-te, e dizer-te o quanto te amo, e como te procuro, no meio de uma destas ruas em que te vejo, zangada de saudade, no céu claro... no dia quente...
Devolve-me a minha vida e o meu tempo. Diz qualquer coisa a este coração palerma que não sabe nada de nada, que julga que andas aqui por perto, e chama sem parar por ti.